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Episódio 2: Pólio Montano

Esta semana andamos por maus caminhos: terras altas e de difícil acesso, próprias ao resguardo de tesouros naturais. É pelas montanhas do centro e norte do país, nas fendas de rochas, que vamos tendo a hipótese de nos cruzarmos com o pólio-montano, uma planta exclusiva de Portugal e que não precisa de muito solo para impressionar.

Com menos de dois palmos de altura, lenhoso apenas na base e herbáceo em tudo o resto, o pólio-montano chama a atenção pelas muitas flores rosadas. A organização das pétalas é também característica: a corola tem dois lábios, o atributo distintivo das plantas da família Lamiaceae, que inclui conhecidas ervas aromáticas, como o alecrim, o rosmaninho ou a hortelã. Já as folhas fazem lembrar as da sálvia ou salva, o que pode servir de pista para o nome científico atribuído a esta espécie: Teucrium salviastrum Schreb. Ainda à volta da designação deste subarbusto, recuamos aos mitos da Guerra de Troia e ao naturalista e botânico alemão Schreber, o primeiro botânico a descrever esta espécie endémica de Portugal continental. Foi em 1773.

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