Nos últimos tempos, nos últimos anos, grupos armados de pastores nómadas fulani têm vindo a invadir as terras, as aldeias dos agricultores cristãos na #Nigéria.
Principalmente na região central deste país enorme que é também o mais populoso de África.
Desde há anos que é assim. Ataques, mortes, populações em fuga, muita violência.
Mas neste Natal foi diferente para pior. Um ataque brutal destes pastores fulani, que são muçulmanos e estão cada vez mais radicalizados, um ataque, que durou vários dias, entre 23 e 26 de Dezembro, em quase trinta aldeias no estado de Plateau, provocou quase 200 mortos e cerca de 300 feridos.
Vou repetir, pois não percebeu mal: quase 200 mortos e cerca de 300 feridos. Casas e colheitas foram destruídas, Igrejas e postos de saúde incendiados.
Muito provavelmente, não deve ter ouvido falar neste ataque, neste verdadeiro massacre de Natal. Nas rádios, nas televisões, nos jornais não houve uma linha sequer para isto, não se gastou um segundo a denunciar este ataque.
200 cristãos mortos na Nigéria não é notícia… 200 cristãos mortos na Nigéria não é importante.
Tão grave quanto o ataque, esta violência demente contra a comunidade cristã, tão grave quanto estas quase duas centenas de pessoas assassinadas, tão grave quanto isto é o silêncio do mundo.
Um silêncio cúmplice e, por isso, cobarde. Um silêncio que diz muito sobre a forma como os cristãos são tratados na Comunicação Social.
Denunciar a violência contra os cristãos e ajudá-los no seu sofrimento faz parte do trabalho, da missão da Fundação AIS. Uma missão que se estende também aqui, a esta pequena crónica, que é todas as semanas, um grito de alerta para que o mundo tome consciência do que acontece aos cristãos em tantos lugares do mundo.
Obrigado por escutar este podcast.
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