Todos os dias ouvimos falar da Ucrânia. Todos os dias nos entram casa dentro imagens da guerra, imagens de morte e destruição. Todos os dias. Tem sido assim desde 24 de Fevereiro de 2022 quando começou a invasão do país.
As imagens que nos chegam pela televisão, imagens do horror da guerra, são sempre muito fortes, por vezes mesmo brutais, mas repetidas até à exaustão correm o risco de se banalizarem, de se tornarem comuns. Ao fim de muito tempo parecem sempre iguais. Casas destruídas, prédios esventrados, pessoas em lamento, às vezes em lágrimas, soldados no campo de batalha, tanques destruídos, pessoas feridas.
O pior que poderia acontecer aos ucranianos era o mundo banalizar a sua guerra. Uma guerra que, na verdade, também é nossa. Por lá luta-se pela liberdade em plena Europa. A nossa própria liberdade está a ser combatida nas trincheiras ucranianas por soldados ucranianos.
Todos os dias chegam-nos pedidos de ajuda, pedidos por vezes lancinantes de ajuda. Há milhões de deslocados e de refugiados. Milhões de ucranianos que perderam as suas casas, os seus empregos, que perderam familiares e amigos.
Há milhões de famílias destroçadas, milhões de mulheres que andam com o coração nas mãos sem saber se no final do dia vão conseguir falar com os seus maridos ou vão receber a notícia de que eles morreram. Há milhões de crianças orfãs.
Na Ucrânia trava-se uma batalha que não nos pode ser indiferente.
Nesta Quaresma, a Fundação AIS lançou aqui em Portugal uma campanha de ajuda, de socorro à Igreja ucraniana. Este é um povo que carrega a sua cruz. É um povo que precisa das nossas orações, mas que precisa também, e muito, da nossa solidariedade. Hoje, amanhã, nos próximos dias, quando vir imagens da Ucrânia na sua televisão, lembre-se da Campanha da Fundação AIS. Há um povo inteiro a sofrer por lá que precisa de nós. A solidariedade é outra das barricadas desta guerra. E todos estamos convocados para agir…
PA
