5 minutos com a AIS #117

Provavelmente, nunca tínhamos olhado com atenção para a Ucrânia antes de 24 de Fevereiro, quando os primeiros soldados, os primeiros tanques russos cruzaram a fronteira dando início à invasão, dando início à guerra.
Desde então, provavelmente para muitos, o povo ucraniano tem-se revelado extraordinariamente corajoso, tem-se revelado como um exemplo.
E a Igreja tem sido também exemplar pela forma como, desde a primeira hora, tem estado ao lado dos mais necessitados, nas trincheiras, nos ‘bunkers’, nas caves transformadas em abrigos.
E tem denunciado as atrocidades, os massacres, o sangue dos inocentes. Como fez o Papa Francisco nesta quarta-feira, dia 6, quando se referiu ao massacre de Bucha, uma cidade perto de Kiev onde foram encontrados os corpos de mais de 70 civis mortos, espalhados pelas ruas depois de os soldados russos terem abandonado a região…
Que disse o Papa? Que as mais recentes notícias sobre a guerra na Ucrânia, ao invés de terem trazido alívio e esperança, atestaram, isso sim, novas atrocidades, como o massacre de Bucha.
Crueldades cada vez mais horrendas, perpetradas também contra civis, mulheres e crianças indefesas. São vítimas cujo sangue inocente clama ao céu e implora: ‘Acabem com esta guerra! Silenciem as armas! Parem de semear a morte e a destruição’”.
Desde que o mundo conheceu as imagens ignominiosas de Bucha, outros massacres foram revelados, outras imagens de corpos torturados, de pessoas assassinadas a sangue-frio, outras histórias que nos enchem os olhos de lágrimas.
Ninguém sabe como tudo isto vai acabar. Mas, por certo, o mundo não será mais o mesmo que conhecíamos antes de 24 de fevereiro quando a guerra começou. Pode ser que as imagens das atrocidades, as histórias de horror venham a representar o maior clamar contra as armas, contra a violência, contra o absurdo da destruição.
Na Ucrânia estão a acontecer várias batalhas todo os dias. Mas há uma guerra maior que está a ser travada. A guerra entre o bem e o mal. Não é possível, nestes dias de tumulto na Europa, não lembrar as palavras de Nossa Senhora aos pastorinhos em Fátima em 2017. Todos estamos convocados para o campo de batalha. A arma dos cristãos é o Terço.
Paulo Aido

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