O silêncio será sempre um compromisso com os agressores | 5MIN #179 | 24JUN23

O mundo tem vindo a transformar-se num lugar cada vez mais perigoso para os crentes.
O mais recente Relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo, editado pela Fundação AIS e divulgado na semana passada em Lisboa, é taxativo: Cerca de 62 por cento da população mundial vive em países com violações graves ou muito graves da liberdade religiosa.
E os cristãos são uma das comunidades mais atingidas. O que se passa em África é disso um terrível exemplo.
Devido à expansão da actividade jihadista, o continente africano tem vindo a transformar-se num dos lugares mais perigosos para os crentes.
Durante o período em análise – 2021 e 2022 – em 37 por cento dos 54 países de África, registaram-se níveis perigosos ou mesmo extremos de perseguição e discriminação.
Mali, Nigéria, Líbia, Moçambique, República Democrática do Congo, Eritreia, Burkina Faso e Sudão são alguns dos países que lideram esta lista negra.
Mas, infelizmente, a violência contra as comunidades religiosas é comum a muitas outras regiões e a muitos outros países do Planeta.
A China e a Índia, ambos na Ásia e os dois países mais populosos do mundo, são também uma fonte de preocupação, tal como a Nicarágua, no continente americano, onde a Igreja Católica tem vindo a ser perseguida de forma violenta pelas autoridades do país.
O Relatório mostra que as minorias são cada vez mais reprimidas e são cada vez mais as situações, os pretextos para isso acontecer.
Desde ataques terroristas, com uma frequência alarmante em África, à implementação de leis anti-conversão na Ásia, à vigilância em massa na China, com recurso, por exemplo, a câmaras de recolha de imagem com tecnologia de ponta, são muitos os instrumentos usados para a repressão das comunidades religiosas.
Perante tudo isto, uma questão ganha relevo: e nós, que vamos fazer perante estes factos, perante esta realidade?
O silêncio será sempre um compromisso com os agressores. É preciso não ficar em silêncio, é preciso não ficar parado. É preciso agir. Junte-se à Fundação AIS na defesa da liberdade religiosa no mundo…
Paulo Aido

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