No sábado, dia 16 de Dezembro, praticamente uma semana antes do Natal, duas mulheres, mãe e filha, foram assassinadas a tiro num ataque à Paróquia da Sagrada Família, em Gaza.
O Papa Francisco, no dia seguinte, iria falar deste crime, com palavras de revolta e lamento.
De lamento pela morte inútil, criminosa, de civis. De revolta por se ter tratado também de um ataque ao complexo paroquial da Igreja na Faixa de Gaza, onde estão refugiadas dezenas de pessoas.
Como o Papa lembrou, como se fosse necessário fazê-lo, na Igreja, na paróquia, não estão terroristas, não estão pessoas armadas, mas sim, famílias, crianças, pessoas doentes e até com deficiência, e irmãs.
E o Papa conclui que isto tudo é terrorismo, é a guerra, é a violência já fora de controlo. E pediu as nossas orações pela paz.
Numa altura em que só a violência parece ter argumentos suficientemente fortes, sobra a oração. É isso que nos pede o Papa.
É importante rezarmos pelo fim da guerra, dos combates, da violência, do terrorismo, seja na Terra Santa, seja na Ucrânia, seja no Sudão, seja ainda na Síria, seja em Cabo Delgado, em Moçambique, seja em qualquer outro lugar.
A guerra, como tantas vezes também tem dito o Papa Francisco, é sempre uma derrota. E a humanidade parece querer caminhar de derrota em derrota até à destruição total.
É difícil lembrar nos últimos anos um Natal marcado por tantos conflitos tão perigosos como o que estamos a viver. Sinal dos tempos. Sinal muito preocupante dos tempos.
PA
Sinal muito preocupante dos tempos | 5MIN #205 | 21DEZ23
2023