A Fundação AIS lançou, nesta Quaresma, uma Campanha de apoio à Igreja na Nigéria. O nome da campanha diz tudo: SOS Cristãos da Nigéria.
Já aqui falei disto mas é importante sublinhar o que está em causa. Esta campanha procura em primeiro lugar, denunciar ao mundo a situação trágica que se vive na Nigéria no que diz respeito à violação flagrante dos direitos humanos, nomeadamente no norte do país onde actuam grupos terroristas com destaque para o Boko Haram.
Essa é apenas uma das maiores ameaças.
Infelizmente, os cristãos são perseguidos não só pelos grupos jihadistas que procuram implantar um califado, ou seja um território regime por um Islão muito restritivo, muito rigoroso, mas também são vítimas de grupos armados que raptam pessoas, e a Igreja católica tem vindo a ser cada vez mais um alvo destes grupos, mas também, por exemplo, há inúmeros casos de ataques a agricultores cristãos pelos Fulani, pastores nómadas muçulmanos que têm vindo a revelar uma agressividade crescente e muito preocupante.
Não é possível falar da Nigéria de outra maneira. Importa dizer que este é também o país mais populoso de África, com cerca e 206 milhões de habitantes e é igualmente a maior economia do continente.
Mas, por causa de todos estes ataques, de toda esta violência, os cristãos, que representam cerca de 46 por cento da população, vivem por vezes na maior pobreza e não os podemos abandonar.
Para ajudar a explicar esta situação que se vive na Nigéria e também a urgência da ajuda à Igreja e à comunidade cristã, a Fundação AIS produziu para esta Quaresma uma pequena revista, um boletim, que está já a chegar a casa de milhares de portugueses.
Tudo o que lá vem publicado é importante e tenho a certeza de que ninguém ficará indiferente às histórias que são contadas, aos apelos a que a AIS dá a voz. Esta campanha “SOS Cristãos da Nigéria” mostra precisamente a importância da Fundação AIS.
É para apoiar estas e todas as comunidades cristãs que são perseguidas e ameaçadas no mundo, é para ajudar os que mal conseguem sobreviver, os que mal têm um pedaço de pão para comer, é para todos eles, os fiéis, os padres, as irmãs, os bispos, os seminaristas que arriscam a vida todos os dias, que nós existimos. Esta campanha mostra o que é e para que serve a Fundação AIS.
Paulo Aido