Ninguém sabe ainda quando é que vai acabar a guerra | 5MIN #162 | 26FEV23

Desde há um ano que a guerra na Ucrânia nos entra casa dentro pela televisão, nos noticiários, nas reportagens, mas sobretudo através das lágrimas e dos lamentos dos que choram os seus mortos, dos que viram bairros inteiros, cidades inteiras serem destruídas.
Um ano depois de a guerra ter começado, ainda ninguém consegue dizer quando é que tudo isto vai acabar…
Para a Fundação AIS, o dia 24 de Fevereiro de 2022, quando os primeiros soldados russos cruzaram a fronteira com a Ucrânia, marcou também o início de uma grande operação de solidariedade para com um povo que teve de pegar em armas para defender a sua independência, a sua liberdade.
Todos os 24 secretariados da Fundação AIS espalhados pelo mundo, incluindo aqui em Portugal, responderam a uma só voz face aos apelos que chegavam da Ucrânia.
Milhares de benfeitores ajudaram a construir uma formidável ponte de solidariedade para com a Igreja, para com as comunidades mais atingidas pela destruição, pelos bombardeamentos.
Nos primeiros meses, respondendo aos pedidos de ajuda mais prementes, foram enviados geradores, aquecedores, fornos portáteis, automóveis e minibus para a distribuição da ajuda de emergência, mas também equipamentos para a renovação de cozinhas, nomeadamente em mosteiros e paróquias que passaram a acolher, por vezes, centenas de pessoas.
Nada faltou. Desde os cobertores à organização de colónias de férias para que crianças e adolescentes conseguissem ter um momento de alegria, uma pausa na violência da guerra, à construção de espaços de culto e locais de abrigo, tudo aconteceu.
Ao todo foram mais de 9 milhões e meio de euros em ajuda directa de emergência.
Os números são eloquentes. 7.447 padres, religiosos e religiosas e colaboradores diocesanos foram apoiados directamente e isso reflectiu-se no auxílio prestado pela Igreja às suas comunidades.
Mas a ajuda humanitária com o selo da Fundação AIS chegou a mais de 15 mil pessoas, desde refugiados, a crianças, jovens e idosos, a seminaristas…. Foram centenas de famílias.
Estes números parecem enormes, mas são apenas uma gota nas necessidades brutais de um povo que, de um dia para o outro, viu cidades inteiras reduzidas a escombros, destruídas por bombardeamentos sucessivos.
Nesta sexta-feira, dia 24, assinalou-se um ano de guerra na Ucrânia. Segundo a ONU, no início de Janeiro já estavam confirmados 6919 civis mortos e mais de 11 mil feridos. Falta contabilizar o número de soldados mortos e feridos de ambos os lados. E o pior de tudo é que, doze meses depois de ter começado esta guerra, ninguém sabe ainda quando é que vai acabar…
Paulo Aido

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