Na semana passada o Papa Francisco falou para o chamado corpo diplomático no Vaticano. Não foi apenas um discurso de circunstância, um gesto que se repete sempre no início de cada ano.
O Papa enumerou, perante os embaixadores creditados na Santa Sé, algumas das suas principais preocupações sobre o rumo da humanidade. E a questão da liberdade religiosa teve um destaque significativo. E é importante sublinhá-lo aqui.
O papa, que é também chefe de estado, fez questão de levar aos embaixadores de todo o mundo esta questão em concreto, colocando o problema da liberdade religiosa e da perseguição aos cristãos como um tema fundamental que tem de ser visto com toda a atenção pelos responsáveis dos governos das nações.
O mundo está a viver uma terceira guerra mundial em pedaços, voltou a reafirmar o Santo Padre, mostrando horror pelas notícias que chegam da Ucrânia, um país no coração da Europa que viu, nos últimos meses algumas das suas cidades transformarem-se em campos de batalha.
Mas não é só na Ucrânia que há gente em sofrimento. E o Papa enumerou muitos dos países que têm sucumbido à violência de grupos armados, ao terrorismo, a outras guerras, e muita pobreza.
E depois há a questão da violência sobre os cristãos.
No discurso ao Corpo Diplomático – a Santa Sé mantém relações diplomáticas com 183 países –, Francisco lembrou que a paz, que enche sempre os discursos de todos os estadistas nunca será verdadeiramente alcançada sem que se reconheça universalmente a liberdade religiosa.
E acrescentou: “É preocupante que haja pessoas perseguidas apenas porque professam publicamente a sua fé; e são muitos os países onde a liberdade religiosa é limitada. Cerca de um terço da população mundial vive nesta condição. Juntamente com a falta de liberdade religiosa, há também a perseguição por motivos religiosos. Não posso deixar de mencionar – disse o Papa –, como mostram algumas estatísticas, que, em cada sete cristãos, um é perseguido.”
Um em cada sete. A crueza destes números não nos pode deixar indiferentes. Defender a liberdade religiosa, defender as comunidades cristãs ameaçadas e perseguidas é a missão da Fundação AIS. Ajude-nos para levar mais longe, a mais pessoas, a mais cristãos a ajuda de que tanto necessitam e tanto imploram.
Paulo Aido