O domingo de Pentecostes, que se assinalou a 5 de Junho, ficou marcado por um brutal ataque contra uma igreja na Nigéria. Homens armados, fortemente armados, entraram no templo, estava a decorrer a missa, e dispararam indiscriminadamente.
Estariam centenas de pessoas, de fiéis, na Igreja quando os primeiros tiros se escutaram.
Não se sabe ainda, com rigor, quem atacou esta igreja católica no estado nigeriano de Ondo.
O grupo terrorista Estado Islâmico, que se organizou neste país depois de uma cisão do Boko Haram, já reivindicou o ataque, mas as autoridades têm algumas dúvidas. Mas pouco importa que organização tem a assinatura deste acto cobarde, miserável e dantesco.
O que importa é que 40 pessoas morreram, várias dezenas ficaram feridas, algumas com gravidade, e houve uma claríssima intenção neste ataque terrorista: atingir a comunidade cristã no seu coração, matando e ferindo fiéis durante uma missa num domingo especial.
E não se pense que foi apenas um simples ataque. Houve uma organização miliar por trás dos operacionais do terror que deixaram uma mancha de sangue na Igreja de São Francisco de Xavier na Nigéria no domingo 5 de Julho.
Enquanto uns operacionais entraram na igreja disparando indiscriminadamente sobre os fiéis, matando tudo e todos, incluindo jovens e crianças, outros posicionaram-se no exterior para atingirem também mortalmente os cristãos que tentassem escapar pela porta.
Foi tudo pensado ao pormenor, foi tudo executado com sangue-frio, com crueldade, com vontade de matar ou de ferir o maior número possível de pessoas, de cristãos.
Na Nigéria há uma guerra declarada contra os cristãos. Esta guerra não passa nas nossas televisões, nas principais rádios, nos jornais.
É como se não existisse. Como se o sangue dos 40 cristãos que morreram executados pelos terroristas não contasse para nada. Como se o sofrimento de todas as famílias que ficaram enlutadas não nos incomodasse.
É tudo intolerável. O terrorismo, a violência brutal contra os cristãos na Nigéria, a inoperância das autoridades, incapazes de defender os seus cidadãos, e o silêncio do mundo perante estas atrocidades.
Outros calam. Denunciamos nós. Essa é também a nossa missão. A missão da Fundação AIS.