No domingo, dia 26 de junho, o padre Christopher Odia, de 41 anos, foi raptado e assassinado na Nigéria.
No sábado, dia 25 de Junho, a irmã italiana Luisa Dell’Orto, foi assassinada no Haiti. Era conhecida como o anjo das crianças de rua, pelo seu trabalho notável junto das crianças e adolescentes que vivem nas ruas deste país, um dos mais pobres do mundo.
Dia 20 de Junho, uma segunda-feira, dois sacerdotes, dois padres jesuítas foram assassinados em plena igreja no México. Foram mortos a tiro quando procuravam defender um homem que estava a ser perseguido. Três países, quatro mortos, uma mesma realidade: a perseguição à Igreja, o martírio de padres e de irmãs, o sofrimento de imensas pessoas vítimas de violência, de terrorismo, vítimas também da pobreza, da miséria.
Estes casos apenas surpreendem os que não acompanham a realidade de todos os dias da Igreja no mundo. Estes casos, na sua tragédia, são também a legenda mais verdadeira e cruel da missão que a Fundação AIS realiza em apoio aos cristãos perseguidos.
Ainda na semana passada foram divulgados os resultados do trabalho da AIS ao longo do ano passado.
São resultados que traduzem uma crescente solidariedade dos benfeitores da Ajuda à Igreja que Sofre precisamente para com a igreja que sofre, que está na linha da frente nos países onde o terrorismo, o banditismo e a violência fazem parte da vida quotidiana das populações.
Nesses lugares, normalmente não está mais ninguém. Nem organizações não governamentais, nem forças das nações unidas, nem o exército ou a polícia. Ninguém.
Para os que vivem por lá resta a presença da Igreja, dos padres, das irmãs, dos catequistas e voluntários. Todos eles arriscam a vida todos os dias.
O melhor tributo que podemos fazer aos padres Christopher Odia, da Nigéria, Javier Campos e Joaquin Mora, do México, e da irmã Luisa Dell’Orto, uma italiana que estava no Haiti, o melhor tributo que podemos fazer a todos eles, que foram assassinados nestes últimos dias, é prosseguir com o trabalho e a missão da Fundação AIS, procurando sustentar esta Igreja corajosa feita por homens e mulheres comuns, mas que se agigantam em terras de missão, todos os dias, ao lado dos mais pobres, dos deserdados da sorte, dos que estão esquecidos pelo mundo.
Paulo Aido