Radicais | Letra B – Julie D’Aubigny e as suas descaradas, inacreditáveis, obscenas e loucas aventuras

França, 1670. 

A vida de Julie D’Aubigny não dava um filme, dava uma série com várias temporadas. Ela fez de tudo. Foi educada no meio dos estábulos reais, onde aprendeu a fazer esgrima. Foi amante de um amigo do seu pai, um Conde com quem fugiu para Paris. Apaixonou-se por um playboy criminoso. Andou de tronco nu em tabernas enquanto lutava com o seu amante em espectáculos encenados. Tornou-se estrela da Ópera de Paris, duelou com aristocratas, vestiu-se de freira para raptar uma noviça e até pegou fogo a um convento. A sua vida foi um turbilhão, e chegou-nos na forma de relatos e rumores contados nas tabernas e palácios franceses. Mas o mais incrível é que Julie encontrou ainda tempo amar quem quis. Era claramente bissexual, apaixonando-se por homens e mulheres com a mesma voracidade. Mas também amou jovens e velhos, aristocratas e saltimbancos, condes e condessas, sem que ninguém conseguisse resistir aos seus encantos. Julie amou sem olhar ao sexo e ao género, deixando-se levar exclusivamente pela sua vontade. E pelo caminho, testou até aos limites os ditames da sociedade em que vivia.

“Radicais – Queers que fizeram História” é um programa da série “Sapiens” produzido pela Bruá Podcasts, narrado por Luís Moreira. 

Com direcção criativa de Luís Francisco Sousa
Coordenação de guião por Renato Rocha
Escrito por Hugo Simões
Pesquisa por Nuno Mendes
Direcção técnica de Rita Cabrita
Sonoplastia de Sara Millen
Identidade gráfica desenvolvida por Rita Cabrita e Luís Francisco Sousa

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