O convidado desta semana, mesmo passado 20 anos de conhecê-lo, continua a surpreender-me, uma vez que ainda há pouco tempo explicou-me que a Atlântida existe de facto e fiquei completamente convencida com a sua explicação. Farmacêutico, filósofo, chef de cozinha (na casa dele), dono do sotaque açoreano mais maravilhoso de sempre, com um gosto musical incrível, e dos melhores corações que já conheci, tornou-se sempre muito difícil deixar de ser sua amiga e de admirá-lo como pessoa. Nas nossas conversas habituais, reforça amiúde que daqui a 3 gerações ninguém, mas absolutamente ninguém, se vai lembrar de nós ou do que andámos por cá a fazer, e que por essa razão, devemos viver a vida com esta premissa bem presente e sermos felizes. Dizia-me também, quando erámos miúdos, que a Vida não servia apenas para trabalhar, mas que o Homem devia sim contemplar a vida e a natureza, essencialmente. E neste mundo tão maquinal, utilitário e que privilegia o parecer em detrimento do ser, como não adorar este melómano? Fiquem por aí e vejam se percebem as minhas palavras.. Boas escutas!