O Inverno rigoroso da Ucrânia pode transformar-se num verdadeiro inferno | 5MIN #144 | 22OUT22

O Bispo greco-católico de Kharkiv esteve de passagem pela Alemanha, pela sede internacional da Fundação AIS, e deixou um alerta: a guerra vai entrar agora numa fase muito difícil durante os duros meses de Inverno e toda a ajuda é necessária.
A região que corresponde à diocese já esteve ocupada pelas tropas russas, já foi libertada pelo exército ucraniano, mas continua a sofrer com os constantes bombardeamentos…
Ele enfatizou a questão do Inverno. Com a chegada do mau tempo, com temperaturas muito baixas, neve, gelo, e com a guerra a ganhar nova intensidade, vai ser necessário redobrar a ajuda às populações.
Muitas casas ficaram danificadas ou mesmo destruídas com os bombardeamentos e agora é preciso assegurar que as pessoas conseguem estar minimamente aquecidas. Não será fácil. As prioridades são muitas. São necessárias roupas quentes, medicamentos, comida…
O Inverno rigoroso da Ucrânia pode transformar-se num verdadeiro inferno… “Precisamos de ajuda para as pessoas e estas necessidades vão continuar por muito tempo”, alerta o Bispo.
A Diocese de Kharkiv só foi criada em 2014, e está espalhada por 84.000 quilómetros quadrados – quase o tamanho de Portugal –, e inclui as regiões de Kharkiv, Poltava e Sumy, com uma população de mais de cinco milhões de habitantes.
Dá para imaginar como será difícil para a Igreja chegar a todos os lados, a todas as pessoas em maior necessidade.
O Bispo pede-nos ajuda. Neste momento, com o redobrar da intensidade dos combates, essa ajuda vai tornar-se cada vez mais necessária e urgente. Um dos riscos maiores que o povo ucraniano corre é do cansaço das pessoas, das instituições, dos países.
Esta guerra, que foi anunciada como sendo apenas uma operação militar especial, começou em 24 de fevereiro deste ano. Há oito meses que há uma guerra a acontecer no coração da Europa.
Os ucranianos precisam de ajuda, talvez hoje mais do que nunca. O que não pode mesmo acontecer é que, por cansaço ou egoísmo, deixemos de os ajudar. A fronteira da nossa liberdade está também na fronteira da Ucrânia.
Os ucranianos lutam pelos valores de uma Europa civilizada e livre. São soldados numa guerra que também é nossa. Não podemos falhar.
Paulo Aido

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