estavam a oferecer ao mundo um punhado de novos mártires | 5MIN #174 | 21MAI23

Foram decapitados há oito anos numa praia da Líbia por jihadistas do ‘Estado Islâmico’. Eram vinte trabalhadores cristãos egípcios e um ganês. Todos os 21, humildes operários que se encontravam na Líbia procurando ajudar as parcas economias domésticas.
Foram capturados por um comando jihadista e degolados posteriormente numa encenação quase hollywoodesca divulgada através das redes sociais pelos terroristas.
As imagens do martírio destes cristãos correram mundo e mostraram a barbaridade do crime que estava a ser cometido, mas, em simultâneo, revelaram também a fidelidade destes homens até ao último momento, até ao último suspiro das suas vidas.
No vídeo pode ver-se que alguns destes simples operários estavam a rezar e a dizer “Jesus Cristo” no momento da bárbara execução.
O vídeo da decapitação foi divulgado no dia 15 de Fevereiro desse ano de 2015, data passou a ser de memória deste martírio, por decisão do Patriarca Copta Ortodoxo.
Agora, o Papa Francisco decidiu que estes vinte e um cristãos coptas decapitados na costa da Líbia serão também incluídos no martirológio católico.
O mundo ficou a saber isso na quinta-feira, dia 11 de Maio, durante um encontro no Vaticano entre o Papa e o líder da Igreja Copta-Ortodoxa do Egipto.
Francisco Já se tinha referido publicamente aos mártires cristãos assassinados na Líbia por mais de uma vez. No ano passado, por exemplo, na data em que se assinalava o crime, o Papa referiu-se a eles como verdadeiros heróis da fé por terem testemunhado Jesus com a própria vida. Por terem sido baptizados também com o próprio sangue.
A inclusão destes 21 coptas na lista dos mártires católicos é um sinal também de unidade entre Igrejas, de unidade entre os cristãos.
Quando estavam prestes a degolá-los, os jihadistas do Estado Islâmico terão pensado que o gesto tenebroso que estavam a filmar e que divulgaram profusamente, iria ser um golpe profundo para a comunidade cristã, iria atemorizar os crentes, iria fragilizá-los.
Na verdade, o que eles nunca terão imaginado é que naquele dia, naquela praia, naquele momento, estavam a oferecer ao mundo um punhado de novos mártires, de novos heróis da fé.
Paulo Aido

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