A Fundação AIS acaba de divulgar os resultados obtidos no ano passado, no ano de 2021. Foram resultados únicos. A nível global, em todos os secretariados, o que inclui também Portugal, a fundação pontifícia recebeu cerca de 133 milhões de euros.
Nunca se tinha angariado uma verba tão grande. Isto é sinal de algo maravilhoso e aterrador ao mesmo tempo.
É extraordinário pois significa que a solidariedade para com os cristãos perseguidos no mundo nunca esteve tão em alta, nunca foi tão concreta como agora. Mas isto só acontece porque nunca, como agora, houve tantos ataques, tanta violência, tanto desprezo sobre os cristãos.
A ajuda da Fundação AIS permite apoiar projectos concretos em 132 países, o que se traduz numa ajuda a 1181 dioceses. Isto quer dizer que uma em cada três dioceses em todo o mundo recebeu algum tipo de ajuda da AIS.
Também em Portugal a solidariedade voltou a falar ais alto. Foram 3 milhões e oitocentos mil euros que agora se vão traduzir também em projectos, em ajuda, tantas vezes em pão para a boca dos cristãos que vivem em países onde a ameaça e o terrorismo são coisa comum no dia-a-dia.
Estes dados merecem um forte aplauso.
Apesar da crise provocada pela pandemia do Coronavírus, a generosidade dos portugueses para com os cristãos perseguidos e a igreja que sofre voltou a falar mais alto.
E não se trata apenas da ajuda material às comunidades cristãs que mais sofrem, que são mais perseguidas e discriminadas.
No ano de 2021, os benfeitores portugueses da AIS mostraram por inúmeras vezes que estão de alma e coração com os irmãos mais necessitados, rezando por eles, rezando com eles, mobilizando-se como se viu de forma elucidativa desde Fevereiro, quando a guerra começou na Ucrânia, ou antes disso, durante os meses mais duros da pandemia do Covid19.
A solidariedade dos benfeitores da Fundação AIS é tantas vezes o pão para a boca dos cristãos que vivem em países ou regiões extremamente pobres, é a certeza de que não estão abandonados, mesmo quando são alvo de ataques, de violência, de perseguição.
A solidariedade dos benfeitores da Fundação AIS é a certeza de que, mesmo quando estão a ser discriminados, quando estão a ser acusados injustamente, mesmo quando estão a ser escorraçados, ou quando veem as suas igrejas fechadas à força, mesmo nesses momentos, os cristãos sabem que não estão sós, que nunca serão esquecidos. É para eles que existe a Fundação AIS…
Paulo Aido
