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Os Podcasts estão bem e recomendam-se!

A notícia caiu como uma bomba no mundo dos podcasts: O número de novos programas desceu 80% entre 2020 e 2022! Será a crónica de uma morte anunciada ou os Podcasts estão bem e recomendam-se?

Vamos lá começar pelo princípio. Desde 2010 que tanto a produção como o consumo de podcasts tinham vindo a subir de forma lenta e consistente. Até que, em 2020, aconteceu um enorme boom! Nesse ano, com a Pandemia, deu-se uma explosão gigante do número de podcasts. Pessoas cheias de ideias para comunicar ao mundo ficaram com muito tempo nas mãos para produzirem novos conteúdos. Fechados em casa os autores deram origem a milhares de novos programas e o público confinado deu-lhes ouvidos.

Mas, é claro, que não havia como manter os níveis pandémicos: Tanto quanto é possível contar, só em 2020 surgiram 1 milhão de novos podcasts em todo o mundo.

Menos títulos, melhores conteúdos:

Mas, no final de 2022 esse número tinha descido para 220 mil novos programas. A descida começou logo no início do ano e conforme nos aproximámos do último trimestre a descida tornou-se mais acentuada.

Mas, estes números não contam a história toda. Precisamos de mais dados para perceber, verdadeiramente, o que está a acontecer.

No final da última década, com acesso facilitado a plataformas de alojamento gratuitas foram muitos os que se lançaram nesta aventura de criar um podcast.

Portanto nasceram muitos conteúdos, alguns inovadores e outros nem por isso, que rapidamente também “desapareceram” (e por desaparecer entenda-se anão publicação de novos episódios). Ou seja, foram programas de fôlego muito curto, por desistência dos autores.

E por vezes, surge também a opção de criar um podcast com fim anunciado. Ou seja, já com um fim à vista, com o anúncio de muito poucos episódios, o que não dá tempo para fidelizar o público a que se destinam. Uma série de 10 ou 12 episódios não cria habituação, nem vontade de voltar a clicar, porque sabemos que não vai acontecer nada de novo. É preciso persistência e consistência.

Persistência e Qualidade:

Por isso, subsistem os criadores mais corajosos e os podcasts com maior qualidade. Porque ao contrário do que se possa pensar, o número de novos episódios manteve a tendência de crescimento que se vinha a verificar nos últimos anos. O que diminuiu foi o número de novos títulos e aumentou o abandono de inúmeros projetos.

As plataformas de alojamento pagas, por exemplo não apresentaram uma queda tão elevada no número de podcasts criados. Porque pessoas disponíveis para investir, são mais empenhadas, persistentes e têm em mente podcasts de qualidade e de maior duração.

Acabam por ter êxito os melhores projetos, os conteúdos com maior qualidade para os quais passa a existir um mercado menos saturado e mais disponível para investir.

Porque criar, promover e manter um podcast não é tarefa fácil, como à partida pode parecer. É trabalho duro, tal como recorda o empreendedor e podcaster Gary Vaynerchuck numa publicação feita no Instagram e a propósito da notícia da queda de 80% na publicação de novos podcasts

Para Vaynerchuck as coisas são difíceis no mundo dos podcasts, mesmo muito difíceis! Segundo ele sempre que surge um novo conceito, uma nova plataforma ou uma nova app as pessoas atiram-se de cabeça e tentam fazer. Mas, ter um podcast de sucesso é muito difícil. Toda a gente pode tentar. Ser podcaster é uma carreira fantástica, muito divertida e lucrativa. Mas, é preciso ser persistente porque é um trabalho difícil, apesar de a oportunidade ser enorme.

E os vencedores são…:

Resumindo, os podcasts estão bem e recomendam-se e no final da história os grandes vencedores serão os mais persistentes e os que apostarem verdadeiramente na continuidade e na qualidade dos seus conteúdos

Tu podes ser um deles. Começa por enviar o teu podcast para o Popcasts. Faz parte desta que é a única plataforma agregadores e impulsionadora de conteúdos portugueses.

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