No dia 18, mais de 800 mil pessoas em todo o mundo estiveram a rezar o Terço, com as suas crianças, numa mesma prece pela paz. Foi em Portugal, em todos os 23 países onde a Fundação AIS tem secretariados, e foi também assim um pouco por todo o mundo.
Há registo de que em 140 países houve comunidades que se juntaram em oração e mesmo em lugares ermos, em dioceses longínquas, crianças juntamente com os seus pais e catequistas, estiveram unidos pedindo a ajuda do Céu para que possa haver paz na terra.
Em Pemba, na região de Cabo Delgado, em Moçambique, rezou-se, como na Libéria, em Madrid, Paris ou Londres. Rezou-se em Fátima e em Toronto. Rezou-se no Brasil e na Austrália, no Sudão do Sul ou em Macau, na China.
Rezou-se pela paz. Foi só isso, mas foi muito. Por um momento, durante cerca de meia-hora, mais de 800 mil pessoas repetiram o pedido que a Mãe de Deus fez aos três Pastorinhos em Fátima, no ano de 1917.
Um pedido de Nossa Senhora a três crianças portuguesas. Um pedido que agora, 105 anos depois, parece mais actual do que nunca.
Rezou-se pela Ucrânia, pela paz na Ucrânia e seguramente que muitos dos que rezaram no dia 18 se terão lembrado das palavras de Nossa Senhora em Fátima, a advertir para a necessidade da consagração da Rússia, caso contrário espalhará os seus erros pelo mundo.
Todos nós sabemos como a guerra na Ucrânia começou, quando começou, na já longínqua madrugada de 24 de Fevereiro, mas ninguém sabe como tudo isto vai acabar.
Também por isso, foi importante ver tantas pessoas de mãos postas rezando e pedindo a paz. A Fundação AIS tem como missão ajudar a igreja perseguida no mundo, apoiar as comunidades cristãs, auxiliar os que são vítimas de intolerância, os mais pobres, os que estão mais abandonados.
No dia 18, ao convocar o mundo para a jornada de oração pela paz, a Fundação AIS lembrou, através das crianças, que a paz pode ser construída, que nasce de um desejo profundo que tem de ser alimentado por cada um de nós, como quem rega uma semente, como quem cuida de uma planta, como quem cuida da vida.
No dia 18, mais de 800 mil pessoas deram uma resposta concludente, mostrando de que lado da barricada se encontram, gritando ao mundo que a paz é sempre possível.
Paulo Aido