Histórias da Revolução | 11. Júlio Fogaça, o PCP e a homossexualidade

Anos 30. Júlio Fogaça não era quem parecia ser. Nascido em berço de ouro, numa família de grandes proprietários, abandonou o estilo de vida burguês para se juntar a um dos mais perseguidos partidos portugueses: o PCP. Na clandestinidade, depressa demonstrou a sua força. Tornou-se amigo de Bento Gonçalves, a principal figura do partido. Sobreviveu a várias prisões, incluindo uma longa estadia no aterrorizador Tarrafal. E por momentos, na defesa da sua visão do que deveria ser o comunismo português, envolveu-se num braço de ferro com outro jovem comunista, também ele candidato a liderar o partido: Álvaro Cunhal. No entanto, Fogaça escondia outro segredo. Além de ser comunista, era também homossexual. Não só vivia a clandestinidade política mas também emocional, escondendo de tudo e de todos uma história de amor proibida. Mais cedo ou mais tarde, estas duas vidas paralelas teriam de cruzar-se. Mas o que levou à queda de um dos maiores nomes do comunismo português: a sua política, ou a sua sexualidade? E poderá o segredo de Júlio Fogaça ter alterado o curso da História de Portugal?

“Histórias da Revolução” é um programa da série “Sapiens” produzido pela Bruá Podcasts, narrado por Luís Francisco Sousa

Com direcção criativa de Luís Francisco Sousa
Escrito por Nuno Mendes
Pesquisa por Nuno Mendes
Direcção técnica e sonoplastia de Rita Cabrita
Identidade gráfica desenvolvida por Rita Cabrita e Luís Francisco Sousa

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